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Caracterização do produto

Em 2021 existiam 1.009 empresas de indústria de vinho em Portugal, mais 248 do que em 2012. Entre 2012 e 2021, houve um crescimento médio anual de 3,18%. 

No que toca à idade das empresas, em 2021, 34% existiam há mais de 20 anos, no entanto, ¼ das empresas tinham menos de 5 anos de idade. 

A indústria do vinho continua a ser preenchida por microempresas, sendo estas 76% de todas as empresas de vinho a nível nacional (Pequenas Empresas – 18,70%; Médias Empresas – 4,60%; e Grandes Empresas – 0,50%). 

De acordo com os dados provisórios do Instituto da Vinha e do Vinho, a produção de vinho na campanha 2021/22 atingiu os 7,3 milhões de hectolitros, registando um aumento de 14% face à campanha anterior. Das 14 regiões do país, apenas Madeira (-3,39%) e Açores (-28,15%) registaram quebras na produção. É de destacar o aumento, em volume, registado nas regiões do Douro, superior a 340 mil hl (27,02%) e no Alentejo, superior a 120 mil hl (11,21%), face a 2020/2021. 

Quando o crescimento anual médio da campanha de 2017/18 até a 2021/22, verifica-se que 4 regiões, Minho, Dão, Madeira e Beira Atlântico registaram um decréscimo médio da produção. A região da Beira Interior é a que apresenta o maior crescimento médio neste período (+8,20%), seguindo-se o Alentejo (+7,79%) (ver Tabela 1). 

Tabela 1: Produção de Vinho por Região Vitivinícola (2009-2023)
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Á exceção da temporada 2021/22, temporada esta atípica que demonstrou um aumento generalizado da produção em quase todo o tipo de produção Agrícola, verifica-se uma tendência crescente, tendo a produção aumentado 16,64% desde 2009. 

Analisando o consumo, verificamos que Portugal consome 600 milhões de litros de vinho por ano, o que é menos do que nações como França e Itália em geral, mas o máximo quando medido por pessoa em 58 litros (ver Tabela 2). 

Tabela 2 – Consumo de Vinho em Portugal (2017-2022) 
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Quando o crescimento anual médio da campanha de 2017/18 até a 2021/22, verifica-se que 4 regiões, Minho, Dão, Madeira e Beira Atlântico registaram um decréscimo médio da produção. A região da Beira Interior é a que apresenta o maior crescimento médio neste período (+8,20%), seguindo-se o Alentejo (+7,79%). 

Segundo a Marketeer, este ano o consumo de vinho irá manter-se nos 84,3%. 

Os dados revelam que a frequência de consumo é de duas a três vezes por semana para 25% dos inquiridos, sendo o tipo de vinho mais consumido o tinto (65%). O branco (22,8%) e o rosé (4,5%) apresentam percentagens mais baixas. Já o momento de consumo preferencial é o jantar (52,9%) e o local em casa (70,5%). 

Especificidades das Regiões Interior+

Alto Minho

Na região do Alto Minho, são produzidos principalmente vinhos brancos e verdes. Os vinhos verdes são uma especialidade da região, conhecidos pela sua frescura, leveza e ligeira efervescência. Eles são geralmente produzidos a partir de uvas como Alvarinho, Loureiro, Trajadura e Arinto. Além dos vinhos verdes, também há vinhos brancos elaborados com as mesmas castas, mas muitas vezes com características diferentes, dependendo do produtor e do terroir específico. 

Beiras e Serra da Estrela

Na região das Beiras e Serra da Estrela, são produzidos diversos tipos de vinho, tanto tintos quanto brancos. No que diz respeito aos vinhos tintos, destacam-se os produzidos a partir de castas como Touriga Nacional, Tinta Roriz (também conhecida como Aragonês), Alfrocheiro, Jaen e outras variedades locais. Esses vinhos tintos geralmente apresentam aromas intensos e complexos, com taninos bem estruturados. Quanto aos vinhos brancos, são comuns vinhos feitos a partir de castas como Encruzado, Bical, Malvasia Fina, Arinto e outras variedades locais. Esses vinhos brancos costumam ter notas frescas e frutadas, com boa acidez e mineralidade. Além dos tintos e brancos, também é possível encontrar vinhos rosés na região, que podem ser produzidos a partir de castas tintas ou por meio de técnicas de vinificação específicas. 

Beira Baixa

Na região da Beira Baixa, são produzidos principalmente vinhos tintos e vinhos brancos. Os vinhos tintos são elaborados a partir de castas como Castelão, Trincadeira, Aragonez (Tinta Roriz), Touriga Nacional e outras variedades locais. Geralmente, apresentam aromas frutados e especiados, com taninos macios e boa estrutura. Já os vinhos brancos são produzidos a partir de castas como Fernão Pires, Arinto, Síria, Rabo de Ovelha e outras variedades autóctones. Costumam ser frescos, com aromas cítricos e florais, e uma boa acidez que lhes confere vivacidade. Além dos tintos e brancos, também é possível encontrar vinhos rosés na região. Como em outras regiões vinícolas de Portugal, a diversidade de vinhos na Beira Baixa reflete as particularidades do terroir local e o trabalho dos produtores em explorar as características únicas das castas e do ambiente em que são cultivadas. 
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